Xadalu Tupã Jekupé

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Alegrete, RS, 1985. – Vive e trabalha em Porto Alegre, RS.
Indicado ao PIPA 2022.

Xadalu Tupã Jekupé é um artista indígena que usa elementos da serigrafia, pintura, fotografia e objetos para abordar em forma de arte urbana o tensionamento entre a cultura indígena e ocidental nas cidades. Sua obra, e das conversas com sábios em volta da fogueira, tornou-se um dos recursos mais potentes das artes visuais contra o apagamento da cultura indígena no Rio Grande do Sul. O diálogo e a integração com a comunidade Guarani Mbyá permitiram ao artista o resgate e reconhecimento da própria ancestralidade. Nascido em Alegrete, Xadalu tem origem ligada aos indígenas que historicamente habitavam as margens do Rio Ibirapuitã. As águas que banharam sua infância na antiga terra chamada Ararenguá carregam a história de Guaranis Mbyá, Charruas, Minuanos, Jaros e Mbones — assim como dos bisavós e trisavós do artista. De etnia desconhecida, eles eram parte de um fragmento indígena que resistia em casas de barro e capim à beira do Ibirapuitã, dedicando-se à pesca e vivendo ao redor do fogo mesmo depois do extermínio das aldeias da região.

A revelação de seu nome espiritual guarani, Tupã Jukupé, em batismo Nhemongarai (ritual de nomeação), pelo centenário cacique Karai Tataendy Ocã, é parte da reconexão de Xadalu com sua ancestralidade indígena. Como escreveu o cacique geral Mburuvixá Tenondé Cirilo Karai: “Xadalu Tupã Jekupé é guarani, pois ele sente e vive no mundo guarani e tem seu espírito guarani. Não é por acaso que isso aconteceu, ele é um ser especial, foi nosso Deus Nhanderu que mandou ele, pois existem guerreiros enviados pelos deuses para salvar o seu povo, e o nosso Deus mandou Xadalu para salvar a história do povo Guarani Mbya através da arte”.

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Para saber mais sobre Xadalu Tupã Jekupé, acesse seu perfil completo no site do Prêmio PIPA.